Você certamente já ouviu algo sobre sermos mordomos de tudo aquilo que Deus nos dá, sobre os bens materiais.
Mas você já pensou sobre isso em relação as pessoas?
Você em algum momento percebeu que as pessoas que consideramos “nossa” na verdade não são.
Talvez o maior exemplo que poderia citar são os filhos, mas o que quero dizer é que toda e qualquer pessoa que passe em sua vida pertencem a Deus, e que tudo aquilo que é dito sobre ser cuidadoso e zeloso com as coisas pertencentes a Deus precisam se estender as pessoas.
Se pensarmos dessa forma, se tivermos essa convicção tudo será diferente.
A primeira coisa é que seriamos muito mais amorosos e zelosos uns com os outros, nas nossas palavras e nas nossas atitudes, pois estaríamos em contato com aquilo que pertence a Deus.
Tive uma experiência muito real sobre isso. Quando estive muito perto da certeza de perder alguém extremamente importante para mim, precisei encontrar forças para viver aquele momento e principalmente guardar meu coração caso a uma forte tristeza viesse sobre minha casa, a morte.
Eu sempre pensava que aquela pessoa nunca tinha sido minha, mas estava emprestada.
Deus permitiu que eu estivesse por vários anos com ele, mas se fosse o momento de Deus tomar de volta a pessoa que a Ele pertence, só cabia a mim agradecer por ter tido a permissão de Deus pelo tempo de convívio.
Eu sempre pensava na música que diz em seu refrão.
“Deus me deu, Deus tomou, bendito seja o nome do Senhor. A Ele a honra, a Ele a glória e o louvor.”
Nunca foi meu, estava emprestado, e um dia Deus tomaria de volta e poderia ser naquele tempo, para minha alegria não foi, porém esse dia chegará.
Isso também me levou a refletir sobre como tratamos as pessoas de um modo geral em nossa vida.
Você busca ser cortês e paciente com todos independe das circunstâncias?
Será que cada pessoas que conhecemos, que veio e que foi em sua vida foi tratado com o devido respeito por ser “alguém que pertence a Deus”?
Se você acredita que devolver o dízimo e entregar as ofertas é agradecer por todos os bens materiais que Deus tem lhe permitido, podemos pensar de forma similar com as pessoas, porém nosso dízimo e oferta seria o amor, e poderíamos pensar no arrependimento como um alerta de que administramos mal os sentimentos.
A morte é que soa o alerta. Quando alguém que amamos deixa o plano terreno existem dois caminhos que se abre na nossa mente: O do amor e do arrependimento.
É no último adeus, que você descobre qual dos dois fará mais sentido. Se é a sensação de ter amado ou o arrependimento de não ter feito mais, de ter deixado de fazer ou de ter sido feito mal. Aqui está a medida para saber se você foi um bom mordomo de pessoas para Deus.
Mas essa medida não precisa ser aferida apenas no instante em que nada mais podes fazer, não precisamos chegar a esse momento, ele pode ser vivido muito antes.
Tratar as pessoas com amor para que o dia em que elas deixem nossa vida e o plano terreno é a certeza de estar livre de algum arrependimento e estar tranquilo no ultimo adeus.
Quantas vezes despejamos nosso veneno emocional no outro ( e porque não dizer em mim mesmo) machucando-as, sendo que o que deveríamos ter feito era lutar como um guerreio para ter controle próprio, ser o domador de emoções e não dominado. As palavras ácidas e vorazes que uso contra alguém, também posso usar contra mim, meus pensamentos podem ser danosos para a minha alma e minha estima.
Melhor que o arrependimento de ter falado ou feito algo é o amor e de ter sido paciente e controlada. Comedida para resolver qualquer situação de forma que não gere arrependimento futuro, pois da mesma forma que as coisas e as pessoas o tempo pertence a Deus, o tempo de cada um está na calculadora de Deus, e nunca sabemos se estamos próximo do zero.
Quando estive perto do momento da morte, apesar de toda dor da saudades que isso já implicava eu conseguia também me lembrar que eu havia amado, sem reservas, me entregado mas principalmente me controlado a maioria das vezes para não despejar veneno na hora da raiva, portanto se eu estava efetivamente perto de um adeus, apesar da dor não havia arrependimentos.
Se para cada pessoa que está hoje em nossa vida, nos lembrarmos que ela é um empréstimo de Deus e que Ele um dia pegará de volta aquilo que a Ele pertence sem sabermos quando será o momento exato, valerá a pena se entregar em amor.
Não me refiro a ser trouxa, pois se assim você agir estará sendo um péssimo mordomo para si mesmo, mas cuidar de si e do outro de forma respeitosa, paciente e amorosa.
Se assim você fizer, no último momento seu coração certamente terá dor, mas também terá amor e o arrependimento será inexistente.
Portanto, se tem algo que você precisa fazer, faça agora! Não sabemos quando Deus tomará de volta aquilo que é Dele.
Olhe para cada pessoas com a consciência de que pode ser a ultima vez, e que você deve produzir amor, na vida de qualquer pessoa e na sua própria também. Mas se acontecer de exagerar, busque se concertar. Errar é humano, permanecer no erro é ignorância.
Você tem o “poder” de criar o céu e o inferno, qual será a sua escolha?
“Eis que os céus e os céus dos céus, a terra e tudo o que nela existe; tudo, absolutamente tudo, pertence a Yahweh, o SENHOR, teu Deus.”
Deuteronômio 10:14
“Do SENHOR é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os seus habitantes.”
Salmos 24:1